quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Flor Renascida - Prólogo

AEEEEEAEAEAEAEAE, começando o blog de verdade!
Eu pretendia postar a coisa do Mizu-chan antes, mas não tenho ideia pra nome... Até eu ter ideia de nome pro livro dele, vou postar só essa minha segunda "obra" em andamento.
(Mas isso não significa que eu tenha abandonado meu Aquaman)
Enfim... A Flor Renascida. Ainda não tenho uma sinopse boa o bastante em mente, mas o livro ("livro", lol) conta a história de Hana, uma moça de 22 (22 para 23, mais exatamente) anos que 10 anos antes sofria bullying na escola e ainda guarda traumas disso. Num encontro dos alunos do primeiro ano do ginásio (informações sobre o sistema de ensino tiradas do Google, lol) do ano de 2003, Hana reencontra Ryuji, o garoto que dez anos atrás "comandava" as agressões (tanto verbais quanto físicas) a ela, que então relembra de tudo o que passava e sentia por causa das agressões que sofria.
É isso que eu consegui pensar por agora... Sou péssima com sinopses.
Mas de qualquer modo, fiquem com o prólogo!
Nota: O texto foi todo copiado do documento do Word que eu escrevi. E nem adianta pedir, só o Jorge vai ter os documentos originais, porque o Jorge é o Jorge. u_u




                – Pare! – Gritava Hana desesperadamente ao garoto que todos os dias lhe infernizava na escola. Aos 12 anos, a garota não tinha um dia sequer de paz por causa de Ryuji, um colega de turma que parecia sentir prazer em destruir a autoestima de Hana com “brincadeiras” sem graça que, por causa dele, eram também realizadas pelo resto dos colegas. Como resultado, a menina apresentava diversos sinais de depressão e dificuldade de socialização. Entre outras coisas, chorava sozinha em seu quarto por horas sem motivo aparente, às vezes passava dias trancada lá dentro, não saindo nem para comer, de medo que tinha do contato com quaisquer pessoas além de sua mãe que, preocupada com Hana, pensava em procurar atendimento médico para a filha. A pobre garota não conseguia esquecer os apelidos maldosos, as vezes em que seus colegas a encurralaram para então bater nela, e tudo o que já havia passado na escola por causa daquele maldito garoto desocupado. Agora era mais um daqueles momentos em que ela se via cercada pela turma, que naquelas situações era chefiada por Ryuji, e era ridicularizada e ameaçada pelos colegas. Sabia que protestar não adiantava, pedira para que parassem por puro impulso, e agora via todos os presentes rindo, zombando dela por acreditar que parariam se ela pedisse. Ryuji gargalhava maldosamente, praticamente se contorcendo de tanto que ria.
                – Você realmente acha que eu vou parar se você pedir, flor caída? – Zombou Ryuji, ainda rindo, apoiado por todos os colegas, que riam e ridicularizavam Hana de todas as formas possíveis. Ryuji era bastante popular entre os outros alunos, e usava essa popularidade como uma forma de influenciar os colegas. Claro que ele não usava as pessoas o tempo todo, mas o fazia quando achava necessário, apesar de que na maioria das vezes os outros o apoiavam sem que ele precisasse fazer esforço algum. Quando conheceu Hana, Ryuji viu nela um alvo fácil, a ferramenta perfeita para reforçar ainda mais o “poder” que já possuía. Bastaram alguns comentários maldosos sobre como Hana era feia e desajeitada, e ele já via a turma toda a excluindo e maltratando, exatamente como queria. A partir de então, ele só precisava começar com as maldades e já tinha todos os colegas sob sua liderança, enquanto gargalhava com o sofrimento da pobre menina. Inicialmente, Ryuji pretendia apenas usá-la por um curto período de tempo, mas conforme foi a conhecendo melhor, viu na garota um ser tão passivo e patético que passou a desprezá-la como nunca desprezou ninguém antes, e sentiu a necessidade de pisar nela até acabar com a menina. Desde o começo disso tudo já haviam se passado quase seis meses, e as ameaças que ele fazia para evitar que Hana contasse a alguém sobre aquilo pareciam estar funcionando bem, então ele não via problema algum em continuar. Além disso, ele se divertia humilhando-a daquela forma, por isso se aproximou do rosto assustado de Hana, que estava sentada no chão devido a um empurrão vindo do próprio Ryuji alguns momentos antes, e prosseguiu: – Eu não vou parar enquanto não te ver no fundo do poço, não importa o quanto você grite e chore até lá. E você sabe muito bem o que vai acontecer se contar a alguém, – Então ele se aproximou ainda mais, e olhou no fundo dos olhos assustados da garota com uma expressão ameaçadora. - não é?
                – Sei. – Gaguejou Hana, choramingando. – Mas... Não falta muito... Não precisa mais... Não precisa mais fazer nada... Daqui para frente posso chegar ao fundo do poço sozinha...
                Ryuji riu, acompanhado por todos os outros colegas. Depois de uma longa gargalhada maldosa, olhou no fundo dos olhos de Hana e disse, lenta e cruelmente:
                – Não teria a menor graça ver você se acabando sozinha. Eu quero acabar com você, flor caída, ser desprezível... Fraca.
                Ao ouvir essas palavras, Hana não conseguiu mais aguentar. Ouvindo os risos e insultos dos colegas, começou a chorar copiosamente.
                – Por quê? – Perguntava, entre soluços e lágrimas. – Por que eu? Por que você tinha que fazer tudo isso justo comigo, Kimura-san?
                – Porque você é ridícula, desprezível, odiável... Fraca. – Respondeu o garoto com maldade na voz, dando ênfase à última palavra. – Você merece tudo isso, Sakurai-chan.
                Hana abaixou a cabeça, cobriu o rosto com as mãos, e chorou como se estivesse sozinha em seu quarto. Ouvindo as risadas dos outros, sentiu uma vontade enorme de sair correndo dali e se jogar de uma ponte. Ao menos nos céus eu seria aceita... Ao menos lá eu teria paz. Não aguento mais esse inferno. Eu quero morrer, eu quero me livrar do Ryuji, eu quero me livrar de toda essa dor. Eu não aguento, eu não aguento, eu não aguento mais.
                – Me mate. – Disse Hana, levantando a cabeça e olhando no fundo dos olhos de Ryuji, embora as lágrimas que caíam sem parar dificultassem sua visão. – Não queria acabar comigo? Você conseguiu, agora termine o serviço. Mate-me. Se eu sou tão desprezível e odiável, me mate, livre o mundo de algo tão horrível como a minha existência. Aposto que acabar definitivamente comigo seria o auge da sua vida, então faça isso logo, eu aceito. Acabe com a minha vida, me destrua. Pelo bem do mundo, me destrua. Eu quero morrer.
                Mais uma vez, Ryuji riu alto. Não acreditava no que a garota dissera.
                – E você acha que eu vou facilitar as coisas desse jeito, flor caída? – Perguntou ele, com crueldade na voz e na face. Então riu um pouco, e continuou: – Não, eu definitivamente não vou te livrar de mim tão cedo. Se quiser morrer, se mate. Eu não vou fazer isso nem que você me pague, e ninguém vai sentir a sua falta, então não há problema algum em se matar, certo? Fracasso humano.
                Hana abaixou a cabeça novamente e tornou a chorar. Ouviu risos, insultos, e em determinado momento sentiu uma dor intensa na cintura – um pontapé vindo de algum dos presentes – e, desesperada, gemeu de dor e caiu no chão. Ao cair, começou a chorar com muito mais intensidade e desespero. As palavras já eram suficientes para destruí-la, ela não queria que as agressões físicas começassem. Mas sabia que começariam se nada os interrompesse, e pensar nisso a deixava em pânico total. Chorando desesperadamente com o rosto coberto pelas mãos, Hana foi repentinamente puxada para cima por Ryuji, que segurava a garota pela gola da camisa branca que ela vestia.
              – Quer mais motivos para se matar, flor caída? – Perguntou Ryuji, ameaçador, olhando nos olhos cheios de lágrimas da garota assustada que segurava. – Podemos te levar a isso em cinco minutos... Se você conseguir levantar no sexto.
               – Não... – Pediu Hana, totalmente desesperada. – Por favor, não... Eu... Eu já...
             – Não teria graça se eu não te convencesse. – Disse Ryuji, após impedir a garota de terminar a frase apertando seu pescoço com a outra mão. – Você querendo ou não, vou lhe ajudar na sua decisão.
                Então Ryuji sorriu triunfante e maldoso. Aquele era o momento que ele mais gostava. O pânico explícito no rosto da garota, as lágrimas caindo com mais intensidade, a súplica não atendida em seu olhar, tudo naquele momento era maravilhoso, mágico, e pensar no que viria depois aumentou o sorriso do garoto. Ao ver aquele sorriso, Hana entrou em desespero total. Ela conhecia aquela expressão, sabia o que aconteceria em seguida, e de fato, ela não conseguiria levantar depois de cinco minutos sendo chutada contra uma parede por mais de dez pessoas.
                Mas quando Ryuji estava prestes a jogar o corpo de Hana contra a parede, o sinal tocou. Era o fim do intervalo, e ele sabia que aquele corredor ficaria cheio de pessoas em pouco tempo. Portanto, apenas largou o corpo da garota, que caiu no chão com um gemido de dor.
                – Você tem sorte, flor caída. – Disse ele, olhando para Hana com total desprezo. – Você tem sorte.
                Então ele e todos os colegas foram embora, deixando Hana caída no chão. A garota começou a chorar intensamente, até que ouviu passos vindos da escadaria no fim do corredor. Então, num esforço imenso, se levantou e controlou o choro, indo de cabeça baixa para a sala logo em seguida.
                Finalmente acabou, pensou ela, levemente aliviada. Pelo menos por hoje, acabou.


Bem... É isso. Podem por favor comentar o que acharam? Tanto aqui quanto no Facebook ^^
Muito obrigada por lerem! Espero que tenham gostado. Em breve volto com o primeiro capítulo *u*




L-chan~

P.S.: Jorge, valeu pela ideia de nome. Eu não teria conseguido sem você. Também sou péssima com nomes, lol.